sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Como ajudar alguém com Transtorno do Humor: Depressão e Bipolaridade



Os transtornos do humor, como depressão e transtorno bipolar, afetam milhões de pessoas. Familiares e amigos também são afetados de alguma forma.
Se um ente querido, um familiar, tem o transtorno de humor, você também pode se sentir desamparado, oprimido, confuso e sem esperanças, ou ainda você pode se sentir magoado, irritado, frustrado e com ressentimentos. Você também pode vir a ter sentimentos de culpa, vergonha e solidão, ou sentimentos de tristeza, cansaço e medo. Todos esses sentimentos são normais.
O Que Você Precisa Saber
  • A doença de um ente querido, não é culpa sua e nem dele.
  • Você não pode curar o seu familiar, mas pode lhe oferecer apoio, compreensão e esperança.
  • Cada pessoa apresenta o transtorno de humor de uma forma diferente, com sintomas também diferentes. Isto é, varia de pessoa para pessoa.
  • A melhor maneira de você saber sobre o que o seu familiar portador do transtorno bipolar necessita, o ideal é perguntar diretamente para ele e buscar mais conhecimentos acerca da doença.
O Que Você Precisa Saber:
  • Informação:  contatos do psiquiatra, terapeuta do familiar portador, o seu hospital local para atendimento, e sobre os membros da família de confiança que podem ajudar em uma crise/episódio e os amigos de contato. (Incluindo os números de emergência médica, caso seja necessário)
  • Se você é ou não é uma pessoa autorizada a falar com o psiquiatra do seu ente querido, sobre o tratamento, e se isso não puder acontecer, o que fazer para receber a autorização.
  • Quais são as instruções especiais para os tratamentos e medicamentos que o seu familiar recebe, quais as dosagens, e quaisquer mudanças necessárias na dieta ou da atividade de vida diária.
  • Quais são os sinais mais prováveis de aviso de que um episódio maníaco ou depressivo se aproxima (tais como palavras ou comportamentos), e o que você pode fazer para ajudar nestes momentos.
  • Que tipo de ajuda pode oferecer diariamente, como apoiar nas tarefas domésticas ou ajudar com as compras.
  • Peça esclarecimentos de coisas que você não entende, de forma tranquila, educada e firme para a equipe de saúde, para cuidadores.  Como também escrever as coisas para se lembrar.
O que dizer para ajudar
  • Você não está sozinho(a) nessa. Conte conosco, conte comigo.
  • Entendo que é uma doença real, que traz pensamentos e sentimentos.
  • Você pode não acreditar agora, mas a maneira como você se sente mudará.
  • Talvez eu não consiga entender exatamente como você se sente, mas eu te amo e quero lhe ajudar.
  • Quando você pensar em desistir, pense que em apenas um dia, hora ou minuto, você poderá aproveitar o sucesso.
  • Você é importante para mim. Sua vida é importante para mim.
  • Diga-me o que posso fazer agora para lhe ajudar.
  • Nós vamos passar por isso juntos.
O que você deve evitar dizer:
  • É tudo sua imaginação.
  • Todos nós temos momentos como este.
  • Você vai ficar bem. Pare de se preocupar.
  • Olhe para o lado positivo.
  • Você tem tantas coisas para viver. Por que você quer morrer?
  • Eu não posso fazer nada sobre a sua situação.
  • Deixe isso.
  • Pare de agir como um louco.
  • E você? Não deveria estar melhor agora?
 
O que fazer se alguém está em crise
Algumas pessoas são estabilizadas rapidamente após o início do tratamento medicamentoso, outros levam mais tempo e precisam tentar vários tratamentos, drogas ou combinações de drogas antes de se sentir melhor. A psicoterapia ajuda a controlar e entender os sintomas no momento.
Se o seu amigo ou familiar enfrenta desafios no tratamento, apoio e paciência são necessários mais do que nunca. A educação pode ajudá-lo tanto para encontrar opções disponíveis e como ajudá-lo a decidir se você precisa de uma segunda opinião. Ajude o seu ente querido para tomar os medicamentos como foram orientados, e não assumir que a pessoa não está seguindo o plano de tratamento só porque você não está se sentindo 100% melhor.
Há uma esperança
Como amigo ou parente de alguém que está lutando com transtorno bipolar ou depressão, o seu apoio é uma parte importante no processo de melhoria e recuperação. Não perca a esperança! O tratamento para o transtorno de humor funciona, e a maioria das pessoas portadoras podem voltar a levar vidas produtivas e estáveis. Continue trabalhando com seu ente querido, juntamente com os provedores de cuidados de saúde para encontrar os tratamentos que funcionam, e sempre lembrar ao seu parente ou amigo portador que ele tem o seu apoio.
 
 
Fonte: http://www.dbsalliance.org/site/PageServerpagename=esp_about_helping

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A dor da alma



Em alguma ocasião, alguém já recebeu um diagnóstico com a seguinte indicação: “Você tem andado muito deprimido; isto não tem nenhum remédio. Sugiro que você continue a viver e que resolva os seus problemas o mais rápido possível.” Você pode imaginar as consequências que uma frase como esta causam na mente de uma pessoa que não consegue sair do fundo do poço onde ela se encontra?

Ao quebrar uma perna, ninguém iria recorrer ao vizinho para ver se ele a cura; procuraria um ortopedista. Em um caso como este, ninguém pode nos culpar por sermos tão distraídos, por não olharmos para o que estava no chão ou por não nos segurarmos bem ao descermos as escadas.
No geral, nós não pensamos assim. Se nós quebramos a nossa perna por uma distração nossa, o lógico seria nós mesmos solucionáramos o problema, uma vez que teríamos sido nós os responsáveis pelo que aconteceu.

Se no fim consultássemos um médico, ele não pediria que explicássemos as razões que causaram o erro que levou à quebra de nossos ossos, e também não nos recriminaria por nossa falta de atenção. Ele se limitaria a agir sobre o mal e procuraria maneiras de resolvê-lo da forma mais adequada e mais rápida possível.
Mas se o que se quebrou em pedaços foi a alma, qual o sentido de tudo isso? Podemos recorrer a qualquer um para consertá-la? Alguém iria nos culpar, mesmo sendo esta situação tão desconfortável? Provavelmente nós próprios nos culparíamos por não termos sido mais prudentes, por termos permitido que muitos danos fossem causados dentro do nosso ser. Nós iríamos exigir muito de nós mesmos sem saber se é possível sairmos sozinhos desta situação.

A dor psíquica
Diante da doença física, nos preocupamos em cuidar dos doentes e fornecer todos os cuidados, mas quando o mal é psíquico e a dor é da alma, tudo muda radicalmente. Penso que a razão disso reside em não sabermos muito bem o que fazer, como agir, como ajudar o doente. Ninguém nos ensinou nada sobre os cuidados adequados para os problemas que nos fazem nos sentir tão mal emocionalmente. A dor da alma é extremamente intensa.

Ao mesmo tempo, ver alguém de quem gostamos desanimado ou deprimido, tão diferente de como ele se comportava antes, nos desconcerta e aumenta a nossa inquietação. Isto faz com que, às vezes, as pessoas vivam com esse mal sem procurar pelas soluções externas, acreditando que elas devam agir sozinhas. Talvez pensem que é algo que não tem nenhum remédio, que é algo com o qual terão que aprender a conviver. E não é assim. Não estou dizendo que há uma solução para todos os males psíquicos, mas também não há para todos os males físicos e isso não nos impede de procurar a ajuda de profissionais adequados.

Há uma série de alternativas para ajudar a encontrar um caminho mais saudável do que o do sofrimento. Quando a dor é da alma, também há ataduras e remédios; se você não os conhece, um profissional poderá lhe fornecer a resposta que você tanto precisa, e se este profissional não tem a resposta, procure outro. Se uma pessoa não pode resolver um problema, não significa que essa solução não exista; ela apenas não a conhece.

Persista até encontrar a solução para o seu problema, porque ela existe.






Fonte:http://amenteemaravilhosa.com/dor-da-alma/?utm_medium=post&utm_source=website&utm_campaign=popular

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015


Aumento do uso de antidepressivos preocupa médicos pelo mundo



O uso de antidepressivos disparou em todo o mundo na última década, de acordo com a Organisation for Economic Co-operation and Development, levantando preocupações entre os médicos em relação à forma e frequência com a qual os comprimidos estão sendo prescritos. Os números mostram que, em alguns países, um em cada 10 adultos é aconselhado a tomar antidepressivos, sendo Islândia, Austrália, Canadá e países nórdicos europeus líderes no assunto. As informações são do Huffington Post.


Dados referentes aos EUA mostram que mais de 10% dos adultos consomem o medicamento no país. Na China, o mercado de antidepressivos cresceu cerca de 20% nos últimos três anos. No entanto, as taxas globais de diagnósticos de depressão não aumentaram nas mesmas proporções.
Em um relatório de saúde, a OCDE disse que o aumento dos níveis de consumo pode ser explicado pela prescrição de antidepressivos para casos mais leves. A crise financeira também pode ser um fator para o aumento mais recente do uso. Na Espanha e em Portugal, por exemplo, a prescrição de antidepressivos saltou mais de 20% nos últimos cinco anos.
A maioria dos psiquiatras concorda que os antidepressivos são indicados para pessoas com doença grave. Aconselhamento e terapias, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), são reconhecidos como tão eficazes quanto medicamentos a longo prazo. Mas o aconselhamento é escasso em muitos países .
"Nós sabemos que os antidepressivos funcionam para depressão de moderada à grave", disse Mark Van Ommeren, do departamento da saúde mental e abuso de medicamentos da Organização Mundial de Saúde. "A explosão de antidepressivos que você vê na maioria dos países reflete o fato de que muitas pessoas com depressão moderada à grave estão recebendo tratamento, o que é uma coisa boa. Por outro lado, um monte de pessoas está recebendo antidepressivos quando não deveriam. Médicos e profissionais de saúde devem ser capazes de diagnosticar a gravidade da depressão para que aqueles que precisam de antidepressivos sejam medicados e aqueles com casos leves não recebam prescrição", afirmou.

Os antidepressivos modernos conhecidos como ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina), como o Prozac, explodiram na década de 1990 e ganharam status quase de culto, com a publicação do livro Prozac Nation, de Elizabeth Wurtzel, em 1994. Os médicos passaram a receitar mais porque os medicamentos não teriam as propriedades que causam dependência ou efeitos colaterais, como as benzodiazepinas. Alguns anos depois, porém, pessoas que faziam uso do medicamento tentaram suicídio e ele foi proibido para menores de 18 anos.
Mas as questões em torno dos vários medicamentos parecem não ter afetado a tendência de alta. Os números da OCDE mostram Islândia com a maior taxa de prescrição, em 105,8 doses por dia para cada 1 mil habitantes em 2011, contra 70,9 em 2000 e 14,9 em 1989. A Austrália alcançou a marca de 80 em 2011, contra 45,4 em 2000. Já o Canadá, 85,9 em 2011 contra 75 em 2007. No Reino Unido, as taxas praticamente dobraram ao longo da última década e marcam 70,7 para cada 1 mil pessoas. A menor taxa em 2011 foi no Chile, de 12,8 doses diárias prescritas a cada 1 mil habitantes.
A maioria dos especialistas diz que os antidepressivos estão sendo prescritos sem necessidade para alguns e não são passados por vezes a quem realmente precisa.De acordo com o psiquiatra Tim Cantopher, consultor do Grupo Priory, os antidepressivos estão sendo bastante usados para acabar com a infelicidade. "Eles não foram projetados para isso. Infelicidade faz parte da condição humana. Mas a depressão clínica real responde a antidepressivos. E não prescrever, nestes casos, é condenar um indivíduo a uma doença por muito mais tempo do que o necessário”, disse.
Harvey Whiteford, professor de psiquiatria e saúde da população da Universidade de Queensland, na Austrália, disse que a depressão era muito comum e foi a segunda principal causa de incapacidade relacionada com a saúde. Mas na maioria dos países da OCDE, segundo ele, apenas cerca de 50 ou 60% das pessoas que sofrem de depressão têm tratamento. Tim Kendall, diretor do Centro Nacional de Colaboração para a Saúde Mental no Reino Unido, duvidou que o aumento da prescrição de antidepressivos tenha sido resultado de um melhor reconhecimento da depressão em muitos países. "É muito mais provável ser fruto de uma ação de marketing eficaz por parte da indústria farmacêutica", disse ele.
Fonte: Portal Terra