domingo, 14 de junho de 2015

Bullying na adolescência pode causar Depressão



O bullying sofrido na adolescência pode ser a causa de depressão em cerca de 30% dos adultos que sofrem com o distúrbio. A afirmação é de uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, que, embora tenha apresentado limitações, conseguiu encontrar uma ligação entre os dois problemas em diferentes fases da vida. Em um estudo observacional, uma equipe de pesquisadores analisou a adolescência e o início da fase adulta de quase 4 mil pessoas.
Os participantes, de 13 anos, responderam a um questionário sobre a ocorrência de bullying durante a fase na qual se encontravam. Quando chegaram aos 18 anos, foram submetidos a mais perguntas, mas dessa vez, sobre possíveis sintomas e casos de depressão.
Dos 683 jovens que sofriam bullying frequentemente - mais de uma vez por semana - aos 13 anos, 14,8% eram depressivos aos 18, em comparação a 7,1% dos 1.446 indivíduos que relataram assédio moral de uma a três vezes durante um período de seis meses.
De acordo com os resultados, apenas 5,5% das pessoas que afirmaram não terem sofrido bullying durante a primeira fase da adolescência eram depressivas. Além disso, cerca de 10,1% do grupo que sofreu intimidações com frequência apresentou depressão por mais de dois anos. Nesse caso, o índice caiu para 4,1% entre as pessoas que não relataram bullying.
O estudo também mostrou que outros fatores comportamentais - problemas mentais, conflitos na família e estresse - também influenciaram os sintomas de depressão em pessoas que sofriam assédio moral com frequência: a tendência de desenvolver o distúrbio no futuro foi duas vezes maior.
Entre os relatos de bullying, os mais comuns foram xingamentos (36%) e pertences levados (23%). E ainda conforme os resultados, a maioria dos participantes contaram que nunca se sentiram à vontade para falar sobre o bullying físico sofrido com pais ou professores. Embora este seja um estudo observacional sem conclusões definitivas sobre causa e efeito, os responsáveis pela análise acreditam que intervenções para reduzir o bullying em escolas podem ajudar a reduzir os níveis de depressão futuramente.

Os resultados foram publicados no The British Medical Journal (BMJ).


Fonte: Jornal Zero Hora

terça-feira, 9 de junho de 2015

Conheça um pouco sobre o transtorno de personalidade Borderline




Como se manifesta o transtorno borderline e como identificar uma pessoa com esse transtorno de personalidade?

O transtorno de personalidade borderline também é considerado como transtorno de personalidade impulsiva ou explosiva, pois indivíduos acometidos por esse transtorno apresenta sintomas característicos de baixo enfrentamento a frustrações, agressividade, auto-ataque e uma impulsividade fora de controle.

O transtorno borderline é relativamente comum e resulta em considerável comprometimento na vida do indivíduo. O tratamento psicoterápico deste transtorno de personalidade, assim como em outros casos, é bastante difícil, pois existe frequentemente o risco de resultados negativos, principalmente em algumas abordagens terapêuticas menos diretivas.

As características mais marcantes de indivíduos com transtorno de personalidade borderline são a intensidade de reações emocionais distorcidas nestes clientes, a labilidade de humor, alterando do depressivo ao eufórico, variedade de sintomas adjacentes que alteram comportamentos, pensamentos e atitudes, agitação ansiosa, raiva intensa ou impulsividade na solução de problemas ou ataque ao outro, realizam ações que depois de um tempo percebem que são irracionais e desnecessárias, mas já foram feitas e as consequências são marcantes, com isso se tornam contra producentes e imprevisíveis.

Apresentam dificuldades comportamentais, sentimentos e pensamentos que tipicamente tem um padrão errático, inconsistente, e comprometedor, pois agem sem pensar, ou sem freio em sua impulsividade, muitas vezes agredindo ou deslocando ao outro uma agressividade que não era de origem destinada àquela indivíduo ou situação.

o entanto, estes indivíduos não agem assim o tempo todo, muitas vezes se portam de maneira controlada, adequada e eficiente, mostrando-se capazes de interagir consistentemente, porém em momentos variados apresentam o descontrole emocional e comportamental que distorcem a imagem inicial e demonstram o quanto estão comprometidos por estes sintomas.

A busca da terapia ocorre normalmente em momentos de crises e, muitas vezes, passado ou controlado estas crises, sentem que não mais precisam de tratamento e agem novamente de forma impulsiva e imprecisa, retirando-se do tratamento e excluindo o aprendizado e os recursos ganhos em terapia.

O trabalho terapêutico precisa ser constante e eficaz, com bom vinculo e com capacidade de registrar e trabalhar o histórico de vida do paciente para que ocorra maior engajamento e se alcance resultados satisfatórios e consistentes numa terapia focada e dirigida numa abordagem que permita a atuação participativa de ambos terapeuta e cliente.

Você pode saber mais sobre transtorno de personalidade, transtorno borderline, pessoa borderline e também sobre outros transtornos de personalidade, acessando estas categorias no site ou clicando nos links desta página. Acesse também os testes de personalidade e testes psicológicos.


Fonte: site psicologia na net

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Aposentadoria x Depressão


Apesar de ser um benefício esperado pela maioria dos idosos, a aposentadoria também pode trazer consequências negativas à saúde. De acordo com pesquisa do Instituto de Assuntos Econômicos de Londres, o benefício pode aumentar em 40% as chances de desenvolver depressão.
Esse é um quadro que se repete na região. De acordo com estudo realizado em 2008 pela Faculdade de Medicina do ABC, 37,5% dos 80 idosos avaliados, foram diagnosticados com tendências depressivas.
Os primeiros sintomas que indicam o início de algum problema são queda na motivação, sedentarismo, o estresse e a falta de contato com os amigos e familiares. Na maioria das vezes, a solidão é causada após o termino do trabalho e a perda de relações com os amigos e colegas.
O diretor de políticas sociais da Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas da Região do Grande ABC, Luis Antonio Ferreira Rodrigues, afirma que na maioria das vezes o valor do benefício influi na qualidade de vida do idoso. “Imagina aquela pessoa que ficou de 30 a 35 anos trabalhando. Claro, que agora ele quer viajar e se divertir, mas ele tem só R$ 600 por mês para garantir o seu sustento e da mulher. O que ele vai ter para o lazer?”, declarou.
Outro fator decisivo na vida do aposentado, apontado por Rodrigues, é o alto montante gasto com plano de saúde. “Com o valor da aposentadoria ele não consegue nem suprir o convênio médico, já que nos planos a inflação do idoso é maior. A depressão, acaba sendo natural, ele fica sedentário porque deixa de sair.”
A perda de contato com as pessoas fora do círculo da família é uma das principais causas para o aparecimento dos sintomas, como explica a professora de Saúde do Idoso do curso de Enfermagem da FMABC, Ana Paula Guarnieiri. “As pessoas vivem 75% do tempo em função do trabalho e quando elas deixam essa ocupação perdem vínculos e relações de coleguismo. Ninguém se prepara para a aposentadoria, então quando ela chega, não tem nenhuma outra atividade programada”, disse.
VIDA SOCIAL - Os familiares e amigos próximos têm papel decisivo no diagnóstico e no tratamento desse tipo de doença. Cabe a eles estimular o idoso a participar de atividades como grupos de dança, artesanato, costura ou atividades esportivas.
Passeios turísticos e viagens costumam trazer resultados positivos na integração social com outras pessoas da mesma idade, além da possibilidade de visitar novos lugares.
Idas ao cinema e ao teatro, também são boas opções principalmente, por conta da facilidade da meia-entrada, segundo a professora Ana Paula.
“A maioria dos idosos não sabe dos seus direitos, como os descontos e a meia-entrada em ingressos. É importante que isso seja estimulado para que o aposentado comece a ter um novo tipo de atividade ou hábito, no qual ele pode fazer outras coisas que antes não eram possíveis.”
A professora de Educação Física da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Denise de Oliveira Alonso, destaca o voluntariado como um bom aliado contra a depressão. “O trabalho voluntário é importante porque além da pessoa sair de casa e encontrar outras da mesma idade, ela continua trabalhando ao ajudar alguém e isso a faz se sentir útil. Cursos para a terceira idade, grupos religiosos e bailes são formas de manter contato social”, diz Denise.
EXERCÍCIOS FÍSICOS - Um bom caminho para quem quer começar uma nova vida e com atividades que façam bem para saúde é iniciar a prática de atividade física. De acordo com a professora de Educação Física da USCS, Denise, a caminhada é um dos mais indicados. “Caminhada é algo leve, porque cada pessoa conhece seu limite, e dificilmente vai caminhar se estiver cansada”, afirma.

Porém, antes de começar qualquer exercício é importante uma avaliação do médico. Além de detectar problemas de saúde, ele vai indicar a frequência e qual a melhor atividade física. “É muito importante ir ao médico, principalmente homens acima dos 45 anos e mulheres acima de 55, idades em que o sedentarismo e a obesidade são fatores de risco cardiovascular”, aconselha a professora.


Fonte: Diário do Grande ABC